PROJETO DESLOCAMENTO - Há muito tempo fotografo em trânsito, nas ruas, nos ônibus, quando viajo, quando saio de casa para realizar alguma tarefa na cidade, a caminho do meu atelier ou a caminho da universidade. Fotografia é uma forma de sair de si, de se interessar pelos arredores e querer ver esses arredores em fotografia. Não é tanto a factualidade do “isso esteve la” de Roland Barthes que interessa, mas o fato de estar em um lugar comum, de interagir com esse lugar e extrair dele conceito.
Estar em trânsito é estar em um lugar. Ônibus lotados, balanço agressivo nas curvas. Ruas esburacadas. Cansaço de um dia de trabalho. As pessoas apertadas em um retângula que se move. Com a câmara na mão começo e ver de outra forma este deslocamento.
Descansar, desenhar, conversar, ler, fotografar, criar imagens. Se não crio o lugar sou levado a pensar o tempo em trânsito como um tempo perdido. É nesta via que acontece este trabalho fotográfico dos coletivos urbanos que nomeio DESLOCAMENTO. Trata-se de uma inversão do transitar coletivo, da possibilidade de vê-lo como lugar possível de se criar, de subverter os estímulos diversos e intensos desses lugares, e para além, da crítica panfletária, vê-los, em fotografia, como possibilidades conceituais.
Desenho e fotografo em ônibus, metrôs e aviões nos diversos lugares e horários possíveis: O movimento das pessoas, cabeças recostadas nas poltronas, atentas, preocupadas ou aéreas, deixando o tempo fluir.
Janelas transparentes e a paisagem urbana passando, é diferente a cada momento. Chama a atenção. Paisagem que se opõe a nós, que afirma sua própria existência, que não se deixa vencer pelo nosso olhar ou pelo nosso desejo, mas que devolve a nós, o olhar que lançamos sobre ela e nos propõem reflexões. Vemos a infinidade de fatos e situações que nos ultrapassam, que não conhecemos, que não compreendemos. Somos convidados a descobrir, mesmo que por um instante apenas, um mistério, uma grandeza nas coisas e, a vivenciar uma experiência que, sabemos, pode estar em todo lugar.
Estar em trânsito é estar em um lugar. Ônibus lotados, balanço agressivo nas curvas. Ruas esburacadas. Cansaço de um dia de trabalho. As pessoas apertadas em um retângula que se move. Com a câmara na mão começo e ver de outra forma este deslocamento.
Descansar, desenhar, conversar, ler, fotografar, criar imagens. Se não crio o lugar sou levado a pensar o tempo em trânsito como um tempo perdido. É nesta via que acontece este trabalho fotográfico dos coletivos urbanos que nomeio DESLOCAMENTO. Trata-se de uma inversão do transitar coletivo, da possibilidade de vê-lo como lugar possível de se criar, de subverter os estímulos diversos e intensos desses lugares, e para além, da crítica panfletária, vê-los, em fotografia, como possibilidades conceituais.
Desenho e fotografo em ônibus, metrôs e aviões nos diversos lugares e horários possíveis: O movimento das pessoas, cabeças recostadas nas poltronas, atentas, preocupadas ou aéreas, deixando o tempo fluir.
Janelas transparentes e a paisagem urbana passando, é diferente a cada momento. Chama a atenção. Paisagem que se opõe a nós, que afirma sua própria existência, que não se deixa vencer pelo nosso olhar ou pelo nosso desejo, mas que devolve a nós, o olhar que lançamos sobre ela e nos propõem reflexões. Vemos a infinidade de fatos e situações que nos ultrapassam, que não conhecemos, que não compreendemos. Somos convidados a descobrir, mesmo que por um instante apenas, um mistério, uma grandeza nas coisas e, a vivenciar uma experiência que, sabemos, pode estar em todo lugar.
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