segunda-feira, 31 de agosto de 2015

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

UM ANO DESENHADO

Desenhar é só dar linha. Mais alguns traços desta jornada. Grafite sobre papel. Livro de artista sanfonado 30x650cm. Agosto 2015









segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Domingo, dia de monitoria no Mosteiro Zen budista de Ibiraçu-es. Viagem agradável com André e Jean. Por causa de umas dores nos joelhos combino com os colegas de trabAlhar somente no Centro ambiental. É onde mostramos um vídeo sobre o mosteiro produzido por Anna Sayter e conversamos com os visitantes a história e a vida do mosteiro.
Entre um grupo e outro de visitantes espero, espero desenhando. Desenho sonoridades, para cada som percebido um traço, um ponto, uma linha, as vezes chego quase a uma forma. O grAfite se movimenta como uma linha de vento sobre o papel. Aí percebo o vento que brinca com os galhos e passa tocando todo meu corpo. As vezes nos braços, outras nos pés, no pescoço, no rosto, nas mãos... Desenho ele, aliás eles, pois são vários ventos, também em linha e pontos. Assim nasce este desenho dançante feito de espera, de ventos, de linhas e de tempo.
Ao retornar para Vitória visito o portal, o Jardim zen e as estátuas em poliéster de Buda na entrada do mosteiro. O espaço é imenso e Alegre. Um senhor nos pergunta como chegar à Vitória, a pé, (!?), são quase cem quilômetros! E ele ainda carrega duas bolsas! Mostramos o caminho, mas sabemos que isso não basta ... Então decidimos dar-lhe carona. No percurso ficamos sabendo um pouco da sua história e de como, horas antes fora assaltado,,,
O sol anda pelo meio da tarde; sem se deixar ver, rodeado de nuvens. A paisagem desenha verdes, amarelos e vermelhos em movimento. Passamos longo tempo em silêncio de volta. Finalzinho da tarde. Ainda da tempo para ir com filhote ao cinema assistir o desenho "O menino e o mundo" de Ale Abreu, um filme lindo! Quem gosta de desenhar não pode perder, uma verdadeira lição do que é passear com a linha, com a cor e contar uma história! Em certo momento me lembrou do desenho "Azur e Asmar", acho que escrevo errado, alguém sabe desse filme? Como encontra-lo? Pois gostaria muito de revê-lo!
Bem, tenho que ir, aos teimosos que me acompanharam até aqui, o meu beijo! Obrigado pela companhia! Ah, e se souberem do filme "Azur e....

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pintar é passear com a cor no espaço. Aquarela 25x35cm 2014

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Klee escreveu que desenhar é levar a linha para passear. Acho que isso também Vale para a cor. As vezes tento fazer.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

UM ANO DESENHADO

Estamos no oitavo mês. As vezes não sei o quê ou como desenhar, mas o não saber também se desenha. Trago mais três desenhos recentes. Livro de artista, grafite sobre papel. Vol. 8. Data: agosto 2015



domingo, 16 de agosto de 2015

COMO DESENHAR ISSO?

Hoje,16 de agosto, 2015, em vários lugares do país a população vai às ruas protestar contra a corrupção que alastra a política brasileira há anos. Faço o meu desenho do dia, mas queria fazer mais, então me pergunto como desenhar isso? Governos e governos que não cuidam do cidadão e cidadãos que não exercem bem a cidadania; diferentes classes pensam quase que somente no aumento dos seus próprios salários e acham até justo as classes menos favorecidas ganharem menos! Ah, quantas vezes eu já ouvi colegas dizerem.. " vejam só, eu to ganhando o mesmo que um motorista de ônibus"! como se um motorista de ônibus devesse ganhar pouco mesmo, como se o trabalho duro, braçal, manual tivesse que ganhar pouco mesmo!... Não entendo essa política, entendo de desenho, e me pergunto como desenhar isso? Curiosamente acabo de ler "1822" de Laurentino Gomes - como um homem sábio, uma princesa triste e um homem louco por dinheiro ajudaram d. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado"... Então me pergunto como pintar este país? Este é um dos projetos que estou me propondo para o próximo ano.

 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

FÔLEGO DE UM PROJETO DE MESTRADO

Desenhos vão se somando em um grande livro sanfonado. Um volume cada mês, ao final serão 12 volumes, 365 páginas desenhadas. Que história isso contará afinal? São desenhos, as vezes, expremidos no tempo, ou melhor nas sobras de tempo (insistentes como uma espécie uma de estratégia para existir). Aproveito a ideia para exercitar a frescura do traço, a leveza da linha e talvez minha capacidade de teimar, de insistir. Venho teimando em desenhar há décadas e, desenhar todos os dias como proposto neste projeto, exige o fôlego de um projeto de mestrado. Algumas, vezes são simples traços, alguma coisa como "sinais de que estive por aqui", outras, fico pensando: e se propusesse desenhar mais demoradamente, tipo, quatro, seis horas por dia? ( Como um dia normal de trabalho), O que desenharia? Como me organizaria? Certamente seria sofrido, mas também revelador... Quem sabe um dia? Aí sim colocaria o desenho na primeira ordem do dia.
Vejo os desenhos de Romelho Contreiro desta semana, alguns tratam da questao basica do desenho de observacao,
outros avançam o olhar para a paisagem, para as pessoas da sua cidade, o do seu bairro e o interior de onibus coletivos. A maioria Trabalhos demorados para o contexto deste projeto que prevê um Desenho por dia. Isso impressiona e mostra o pulso deste jovem artista. A carga de tempo devotada nesses desenhos, a sensibilidade para olhar pela sua janela a sua cidade, o seu chão, as suas viagens de ônibus, certamente lhe abre caminhos, ou melhor lhe constrói caminhos, como diria Pablo Neruda: "caminheiros há caminhos, faz-se o caminho, caminhando" bom ano desenhado para todos!"

sábado, 8 de agosto de 2015

QUANDO ME DISPONHO A ESCREVER - RETORNO DE CHAPECÓ.

Aqui estou com mais um texto longo demais para Fnac, mas se você tiver tempo e teimar em seguir em frente, vamos lá. Faço o desenho do dia. Volto minha atenção para o paletó sobre a cadeira, traço algumas linhas que conduzem meus pensamentos para os vários momentos que passei na cidade de Chapecó para lançamento dos livros "A Invenção da paisagem" e "Pintura sobre pintura". Queria falar desses instantes neste desenho, mas pode um desenho falar de tantos momentos?
Escolho um momento, ou melhor sou escolhido por ele, sim, porque veio assim avisar, sem eu menos saber, um simples paletó sobre a cadeira; uma imagem certamente sem muito significado, ou melhor sem importância nenhuma. Mas me disponho a desenha -lo como sendo o meu desenho do dia e, agora, quando me disponho a escrever sobre este momento, enquanto as horas de voo se desdobram, ele se me apresenta com toda sua singeleza e falta de lugar.
Que desenho é este? Algumas linhas frágeis, uma forma convencional - nenhuma originalidade, nenhuma revolução! Na verdade este é um momento despretensioso, um momento em que me permito desenhar meu paletó, meu canto de parede, um momento de silêncio alguns minutos do dia que nasce, um instante da minha estadia em Chapeco. Deixo as formas do assento e das pernas da cadeira inacabadas, no entanto, sinto o desenho acabado. O olhar ativa às formas, completa o desenho.
Gostaria de desenhar algo mais importante ou intrigante visto ou descoberto aqui, a terrível história do incêndio da igreja, os momentos passados no sítio da Ingrid, colhendo ameixa e laranja no pé, andando descalço na grama sob a sombra de araucárias centenárias, mas calhou de ser este desenho do dia. Ele é um resumo deste dia? Não, Ele é um resquício desse e de outros dias que me trouxeram até aqui, ele é um grão de poeira neste universo.
Desenho como se
converssasse com meu paletó, ou melhor com as dobras que fazem vincos e curvas e com as linhas que caminham na folha branca. Gostaria de levar essas linhas para passearem. Escuto os pássaros lá fora. A sonoridade deles dançam no ar, fazem curvas, chegam até perto da janela, depois distanciam; depois, veem outros pássaros, depois, os carros que fazem fundo a estes traços, por fim, o silêncio espaçoso que orquestram todas essas formas. Deixo o assento e as pernas da cadeira inacabadas como uma conversa que se perde no silêncio, ou melhor na distância, a qual gente não a escuta mais com nossos ouvidos, mas que continua a existir (em nosso coração).
Tomamos cafe da manhã na chácara. Cada um coloca uma palavra de agradecimento neste encontro. Alimentar juntos é um ato de socialização e também estético.
Ao decolar sinto a trepidaçao forte do pequeno avião e tenho sensação do que é voar sem ter asas. De la de cima vejo o rio serpenteando os campos verdes. Será o Rio Uruguai? De repente uma barragem, será a de goi-em? (como se escreve?). Verdes claros, escuros, pardos, amarelados estendem-se sobre a terra como um lençol que se dobra e desdobra sob nossos pés, sob as nossos vistas. Uma linda paisagem vai e desenhando e redesenhado em meu caminho, ela está lá fora, mas certamente eu a invento em meu coração. Volto para Casa agraciado revitalizado pelo encontro. 

Aos teimosos que me leram até deixo meu abraço, com carinho.



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Viagem à Chapecó SC para participar da exposição "4 elementos" e lançamento do livro "A Invenção da paisagem". Quem estiver n Área venha conferir, p quem está longe mando notícias por aqui. Abraços






segunda-feira, 3 de agosto de 2015

AVALIAÇAO EM ARTE

Este é um momento crucial no ensino de arte: avaliar, atribuir notas aos exercícios de arte dos alunos. Como fazer isso? Claro que conta a frequência, a participação do aluno, mas é no quesito apresentação de trabalhos que o bicho pega, sim, este é o elemento mais determinante de uma avalição em disciplinas como desenho e pintura. Depois de anos ensinando arte em regime de Atelier
na Universidade encontrei uma boa maneira de avaliar os trabalhos dos alunos de cada semestre. Trata-se da apresentação dos trabalhos nos moldes de uma revista. Cada aluno faz uma seleção dos exercícios realizados, fotógrafa, escreve um texto relatório falando do processo de aprendizado, monta a revista em um programa de computador pertinente, imprime e apresenta em sala de aula.
Este exercício tem potencializado o conceito de avaliação, tornando o um momento criativo, de interação e interface com outras mídias e, de recriação do próprio trabalho. Assim estamos fazendo do espaço/conceito avaliação, um espaço -atividade de criação de um novo trabalho. Agora estamos chegando ao livro, isto é, ao invés de cada aluno apresentar sua revista individual, todos os trabalhos são reunidos em um só na forma de livro. Feito o volume, imprime-se um único volume que é entregue ao professor para a avaliação e faz se 50 cópias em cd's para todos os que se interessarem.
Estamos curtindo a ideia, por isso vamos fazer um bate-papo lançamento, dos livros de Desenho e pintura do semestre 2015-1 como parte da programaçÃo de caloura da do semestre que se inicia. Se você estiver na area e puder aparecer, venha conferir e de quebra ganhar o seu cd com o livro.
Hoje as 20:00hs no Departamento de arte visuais ufes -Vitória- Es. sala 4. Parabéns alunado! avaliação nota 10!


sábado, 1 de agosto de 2015

UM ANO DESENHADO

Termina o mês de Julho, entra agosto. Livro de artista, grafite sobre papel.