Ontem, ao lavar as louças do dia anterior quebrei
um copo. Olhei admirado a peça quebrada e continuei trabalhando. Há
tempos não cometo este tipo de acidente de cozinha: quebrar copo, taça,
garrafa ou prato. Mas aconteceu, talvez estivesse na hora. Mas mesmo
assim me perguntei porque quebrei esse copo? Percebi que minha cabeça
estava em ou lugar, enquanto trabalhava, de fato eu travava luta com
os problemas de um projeto que está em curso e rebatia palavras
de uma pessoa difícil de lidar, foi assim que de repente bati com o
copo na torneira e ele se dividiu em três partes. Fez um bonito desenho
pontiagudo! Arre. Tomei café e novamente voltei à pia para nova lavagem
de louças, mas êis que um escorrega da minha mão e se esbarra no mármore
da pia se transformando em cacos! Mal pude acreditar que repetia a cena
minutos depois do primeiro acidente! Olhei indignado o corte terrível
do vidro, transparente, preciso, inabalável, imbatível! Respirei fundo.
Novamente eu estava lavando os pratos com pressa, chateado, com a cabeça
e o coração em outro lugar e, de repente copo me devolvia atenção e os
gestos que nele depositava. Fechei os olhos e vi. Respirei fundo e
terminei o trabalho mais devagar. Juntei esse copo aos outros na
cristaleira e pensei: preciso fechar esta minha coleção (de copos
quebrados).-
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