quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

UM ANO DESENHADO

UM ANO DESENHADO. Faltam apenas dois meses para finalizamos este projeto de um Desenho por dia durante todo ano de 2015 (como escreveu Carla Viviane Roncarati. Será que ficará na história daqueles que tentaram até certo ponto, daqueles que conseguiram até o fim? Será bom rever todos esses desenhos e respirar fundo e dizer eu fiz isso? Tudo vai depender da lições que tirarmos de tudo isso, ou como escrevi em post da semana passada, dos significados que podermos dar a esta tarefa, a esses desenhos.

Muitas pessoas tendem a pensar que o significado de um desenho, bem feito ou mal feito esta nele em si, apenas, mas a verdade é que em um projeto como este ressalta muito mais o processo e a vivência de desenhar o tempo. O tempo às margens dos afazeres, o tempo doado ao desenho, ao exercício do fazer sem exigência de lucro, o tempo de resistência ligado à obrigação de cumprir uma meta absurda, como Sisifo, de empurrar uma pedra montanha acima e no outro dia, fazer isso de novo, por nossa própria vontade e além da nossa vontade. (como parece nos desenhos de Romelho Contreiro, Junior Da Fonseca Bitencourt, Carla Roncarati)

De minha parte, nenhum mês, neste processo foi tão difícil quanto o de Outubro; temi não chegar lá, mas de repente chega novembro e com ele o início da última volta. Vamos desenhar para trabalhar nosso tempo, vamos desenhar para viver. As vezes temos que propor projetos como este para trabalharmos nosso fôlego, para irmos além da mera vontade, para enfrentarmos a vida, porque a vida bate duro, muito mais duro do fazer um desenho por o ano inteiro.

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