Estou
em uma praia de águas transparentes balançadas por pôr um vento
carinhoso e sonoro. O cenário é lindo de ser visto e gostoso de ser
vivido. Olho em volta e tento desenhar, mas nada se coloca à minha mão,
acho até, uma certa inutlilidade desenhar essas coisas que vejo, tão
lindas que sao; melhor seria, me parece descrever, esta luz, estas
águas verdeadas, esses bravos corpos que passeiam nestas
areias e deixar certas imagens mentais flutuarem ao sol. Por que me
parece uma inutilidade desenhar aqui? Eu me pergunto, talvez porque o
que interessa ou, a beleza de um desenho, (de uma pintura) não está no
objeto observado, mas no desenho em si, na sua feitura, na sua grafia;
segundo por porque este belo cenário já é tão belo que pouco ou nada
acrescento em Desenho, isto é, o desenho será sempre menos diante dele.
Contudo, rabisco e encontro o problema desenhando: O desenho começa a se
constituir a partir do vazio e não do cheio, do que que é estranho, não
Do que é conhecido, das partes insignificantes deste belo cenário e
não de sua beleza contagiante. Talvez seja possível dizer que, o que ja
é belo, não precisa do artista, mas o que não é belo, o que é
insignificante estes sim, precisam do artista para sair da
insignificância, para vir a significar. Eis o papel do artista dar
sentido, dar significado ao que parece não ter significação ou sentido.
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