quarta-feira, 2 de setembro de 2015

UM ANO DESENHADO

Setembro. Desenho e continuo o diálogo com meu amigo Joao Carlos Simonetti iniciado ontem.
Pergunta: Percebe -se alguma mudança na forma de fazer? O exercício cotidiano levou a alguma compreensão nova sobre o desenho, sobre o artista ou as duas coisas?
Sim, houve uma mudança, comecei o projeto na via do desenho de observação, isto é, desenhando um espaço arquitetônico, um objeto qualquer do cotidiano, mas a partir de um determinado momento passei a desenhar simplesmente formas não figurativas, pautadas nos elementos básicos do desenho ponto e linha. Isso se adensou tanto que cheguei a perguntar pra que desenhar as coisas? Naquele momento pensava em desenhar somente as linhas e pontos abstratamente, pareceu me que estava cansado de desenhar objetos, de se perguntar o que desenhar cada dia, mas a verdade é que essa mesma pergunta se coloca nas composições abstratas, cometas também se indaga que linhas, ritmos, formas configurações criar hoje? Mas não segui uma via única. Segui o fluxo dos pensamentos. Assim, essas duas vias se intercambiam, se imbrincam, menos como programa, mais como maneira de ser.
O segundo ponto: se houve uma compreensão nova sobre o desenho sobre o artista... Isso não sei dizer ao certo, mas temos esta perspectiva, afinal toda arte trabalha neste sentido (digo isso junto com os que estão fazendo o projeto). Talvez algo dessa
compreensão até já esteja acontecendo, mas como estamos no meio do caminho, não temos visão completa dele. Contudo posso dizer que ela é permanente, o final, como meta se coloca na prática de todos os dias.
Terceiro ponto: se Há algo em comum? Se se percebe algo que os una? Sim, se os temas são diferentes, o material os une: grafite e papel. Essa unidade material é básica. Junto a isso, a ideia de um Desenho rápido, feito com poucas linhas. Até amanhã.

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