UM ANO DESENHADO - OUTUBRO. Caros amigos do projeto "Um ano
desenhado". Era para ter escrito antes e mais, Mas tantas coisas TEm me
levado para tantas páginas! São Como linhas em um desenho, os afazeres
do dia se multiplicam e as vezes tomam contam de tudo...
Mas a
ideia continua, mesmo que seja um Desenho rápido, por dia, assim ao
final do ano serão 365 desenhos. Aí então será a hora de rever todos,
reorganizar, atualizar ou mesmo corrigir, redesenhar em alguns casos.
Quero dizer com isso que depois ( ano
que vem talvez), será a hora de retrabalhar todo o conjunto, de curtir
os desenhos, de vê-los com olhos críticos, de tirar sumo deles, como
diria Darcy Ribeiro.
Outubro chega e passa e a tarefa de continuar desenhando por força do
projeto é quase uma condenação. Onde, quando haverá salvaçao? Lembro do
mito de Sisifo que Iberê Camargo gostava tanto, comparando esse mito ao
trabalho do pintor. Na mitologia sisifo é condenado a carregar pedras
todos os dias montanha acima, mas os deuses, no mesmo instante as rola
montanha abaixo. Assim é esse arrastar linhas pontos e linhas todos os
dias, repetidamente, sobre páginas e mais páginas e, os deuses negando
lhe significado ou importância. sim, aí um certo vazio se estabelece,
Mas as vezes somos nós mesmos que nega esse significado ou importância e
a tarefa se torna ainda mais penosa e solitária. De um lado é bom ver
os desenhos dos colegas participantes do projeto, isso nos Da companhia,
do outro acontece de extrairmos energia do próprio fazer e isso nos
anima verdadeiramente e nos tira um pouco do vazio. Talvez esteja aí um
traço de salvação, a arte como possibilidade de sanidade, como escreve
Louise Bourgeois.
Certa vez perguntei a Amílcar de Castro se ele era religioso. Ele me respondeu que não muito, mas que tinha fé na arte, isso ele tinha demais, e fazia tudo com e nessa fé. E acrescentou que, muitas vezes em sala de aula, ele observava, um tinha fé 50 não tinha e que isso era duro!
Estou escrevendo aqui agora e pergunto sobre minha fé, ela é forte suficiente para remover motanhas? Não sei, sou mais dúvida do que certeza e, as vezes isso é a minha matéria. No curso deste ano escrevi muito sobre desenho, processo criativo, relação vida e arte e, encontrei neste diálogo energia para continuar, para empurrar munha pedra montanha acima. A expectativa é que esteja sendo útil e que assim possamos enfrentar os deuses que empurram nossas pedras para baixo, que assim possamos estar construindo sentido. Um grande abraço.
Certa vez perguntei a Amílcar de Castro se ele era religioso. Ele me respondeu que não muito, mas que tinha fé na arte, isso ele tinha demais, e fazia tudo com e nessa fé. E acrescentou que, muitas vezes em sala de aula, ele observava, um tinha fé 50 não tinha e que isso era duro!
Estou escrevendo aqui agora e pergunto sobre minha fé, ela é forte suficiente para remover motanhas? Não sei, sou mais dúvida do que certeza e, as vezes isso é a minha matéria. No curso deste ano escrevi muito sobre desenho, processo criativo, relação vida e arte e, encontrei neste diálogo energia para continuar, para empurrar munha pedra montanha acima. A expectativa é que esteja sendo útil e que assim possamos enfrentar os deuses que empurram nossas pedras para baixo, que assim possamos estar construindo sentido. Um grande abraço.
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