Alguns pensamentos esquisitos.
Vou para o atelier de bike. Manhã quente e fresca. Passo pela academia do
bairro para me informar do funcionamento e de exercícios físicos para minha.
Preciso me cuidar antes que venha uma daquelas crises de coluna que já me levou
ao hospital alguns anos atrás. Depois sigo para o atelier, pedalando feito um
louco, com pressa de chegar. Um carro passa raspando minha bicicleta. Tenho ímpeto
de xingar. Em menos de um minuto passa outro. Ah, será q é porque é sexta
feira? Penso em certos trabalhos que tenho no ateliê me esperando,
intermitentes, alguns recentes e outros de anos atrás, guardados a sete
chaves... Como dar Cabo deles? Se acontece um acidente agora na rua?
Pensamentos absurdos, mas penso: como é morrer assim de repente em um acidente,
teria eu tempo de ver? Lembro me de dois ex alunos da UFES mortos assassinados
aqui no estado... Coisa Barbara... Tiveram eles tempo de ver? O que é olhar
para a morte de frente, repassar a vida em poucos minutos, sentir as forças
desaparecendo? Acho que uma das nossas grandes tarefas é aprender a morrer.
Isto implica saber viver, saber que estamos de passagem, saber que a morte é a
nossa grande criadora de sentido, saber que a morte não é inimiga da vida.
Respiro e volto a pedalar, pedalo mais tranquilamente, gostosamente, pedalar é
uma das coisas mais gostosas que aprendi a fazer em Vitória. Se eu fosse
desenhar/ escrever os pensamentos associativos dessa pedalada o que faria? Como
dizia Millôr 'livre pensar é só pensar. Deixa uma foto da 'Negona'. Bom dia
todo mundo!
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