Em casa dos meus amigos de Boston me sinto em casa. Posso ficar preguiçoso, acordar tarde, botar roupa para lavar, ocupar a mesa da cozinha, abrir a geladeira, Tomar café qualquer hora; além das conversas demoradas durante o café que, moto continuo, descamba para desenho, cinema, balé, literatura. Assim fiquei sabendo do filme documentário "Somente quando eu danço" que narra a história de um garoto que sai do Morro no Rio de Janeiro para a Dança clássica. Isto é, sai de uma situação que no Brasil chamamos de risco, para se tornar um bailarino competente e por isso mesmo reconhecido. Seu nome, Irlan Santos, dança no Balé de Boston. Assisti ao filme e me emocionei às lágrimas. É uma história de superação, mas sobretudo também um bom filme, daqueles que nos diz algo que a gente não sabe dizer, mas sentiu.
Irlan e minha amiga Luciane são amigos afetuosos, por isso ela me pede para fazer um retrato dele para comemorar dele que aproxima. Olhamos algumas fotos na Internet e eu tento criar uma imagem que passe pelo crivo da minha amiga e chegue até o Irlan. Faço duas tentativas para ela escolher. Penso na frase do Irlan que dá título ao filme... "Somente quando eu danço" e escrevo no desenho escolhido... "somente quando eu desenho". Acho assim, que ele disse. Enquanto isso vou pensando nos pressupostos para fazer um retrato, mas isso é outra história.
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