terça-feira, 3 de março de 2015

GET TOGETHER



Get together. Não conhecia esta expressão, mas minha amiga Luca de Belmont, mas apresentou de forma inesquecível: vivenciando a expressão. Em português diriamos sarau, mas a tradução ao pé da letra seria "juntar se". Gosto desta tradução e, as associações que ela me porta me leva a pensar arte e vida de maneira mais sensível do q as teorias da arte. Juntar-se. Não é à toa que o título de uma das melhores bienais de São Paulo foi "como viver juntos". Para não esquecermos que a vida importa mais do que a arte.
 Lá estávamos nós, um grupo de amigos e artistas locais reunidos para celebrar, o encontro, a viagem e certas sensações provocadas pela arte. Entre os presentes estava uma artista residente do Vermont Studio center Mary McCoy que mora perto de Belmont. Foi uma oportunidade para relembrarmos momentos da nossa vivência artística e também para falarmos dela para todos. Foi emocionante mostrar desenhos e pinturas para Esta pequena e atenciosa plateia. Pude gaguejar em meu inglês fraco e pedir ajuda a eles para encontrar expressões corretas. Foi portanto um bate papo interativo, transversal, onde o artista não dominava a língua que falava e os ouvintes não dominavam a linguagem a eles apresentada de forma estrangeira. Senti me confortável neste terreno sem domínio, onde a falta se tornava apoio. Só tenho a agradecer aos amigos e contatos realizados nesta viagem, especialmente à minha amiga Luca que, despretensiosamente, produziu este sarau. A qualidade da emoção e da experiência sentida me fez ligar para a minha galerista em Vitória, para, assim que chegar realizarmos um sarau na galeria. Acredito que será útil e animador, porque o início desta minha aventura foi um bate papo com Jociele Lampert. Então pessoal de Vitória - ES, faremos um sarau por esses dias, na galeria Via Thorey, os que se interessarem keep in touch, vamos nessa: get together

 DESCONHCER A LÍNGUA. Em Jonhson falei com uns colegas de residência que gostaria de ir a uma igreja assistir a uma missa. Eles me perguntaram porque, respondi que acho bonito e que assistir uma missa em inglês seria muito interessante. Contei-lhes duas experiências de assistir missa em língua estrangeira que tinham me marcado, uma em Paris, onde assisti a missa, em francês, várias vezes, na igreja de Alesea, bulevard jourdan, perto da cité universitaire. Ia a pé para este fim, assistir a missa em um Língua que não era minha. E ouvir aquela palavra que eu já conhecia em uma língua que eu não conhecia e que estava batalhando para conhecer foi uma experiência maravilhosa! Me veio à mente que se eu quisesse ouvir a voz de Deus Deveria ser em uma língua que não era minha, que eu deveria perder a minha língua para ouvir palavras novas, outros fonemas, outros significantes, e assim, não confundir me em meus próprios pensamentos em minha própria língua que fala tão somente o que eu conheci e o que quero conhecer. Esse foi um dos poucos momentos em que tive a sensação de ter ouvido a palavra de Deus. A outra foi uma missa gospel em New York, foram apenas alguns minutos, na rua, saindo do apartamento do artista José Morales. A música, uma música negra cantada em plenos pulmões na caçada! Havia uma cantora solo e coro back vocal que as vezes murmurava, soprava, gritava! A solista cantava como se fizesse um discurso, talvez até improvisasse como se faz no jazz, e eu nada entendia e nada havia para entender e eu assisti alguns minutos para nunca mais esquecer. Meus amigos responderam que Jonhson é uma Cidade pequena que ali eu não teria nenhuma missa assim. Não sei por que cargas d'agua esse assunto veio à tona em Belmont e minha amiga falou que ali perto costumava ter uma missa muito bonita, vamos lá? Fomos e eu me emocionei com a música do coro, com a tocada no órgão e com a homilia do vigário. Levaria muito tempo para descrever tudo, por isso me detenho no discurso do padre que, eu entendi pouco, mas que me provocou interesse. Ele falou do vigor da neve que parece frágil, do rigor da natureza e da nossa necessidade de enfrentamentos e de resistência. Na sequência fez relações aparentemente inconciliáveis: Bob Dilan, John Done, Kennedy e não mais quem. Teve um momento que me pareceu que recitava poemas e eu me perdia em sua língua, criando verdadeira viagem sonora. Eu pegava apenas pedaços de frases, mas insistia em ouvir para me entranhar na sua língua, para transpassa-la. Sai da missa gostando de
 Ouvir em inglês, e com a ajuda do rádio no Celular, quem um dia eu venha adquirir essa língua. Estou juntando essa experiência de aprendizagem do inglês ao desenho. Outra hora falaremos mais disso. Aos teimosos obrigado pela atenção, desculpem os erros, sou mesmo incorrigível! Abraço!


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