sábado, 14 de fevereiro de 2015

UM ANO DESENHADO



Hoje está especialmente frio. Quando me falaram que o frio neste final de semana seria mais intenso, eu fiquei sem saber como poderia, afinal já estava frio, um freezer. Mas Agora sei, mesmo assim, sai para dar uma volta no quarteirão e tirar foto do branco. Na volta, revi os desenhos desta semana e os fotografei para postá-los aqui

Tenho visto postagens e mais postagens de desenhos vinculados ao projeto. Gosto de ver os desenhos e sobretudo da insistência. Sei como é difícil essa insistência e muitos certamente desistirão. A falta de tempo no dia a dia trabalho é o primeiro obstáculo, mas o obstáculo mais forte é aquela terrível pergunta? Para que estou fazendo isso? Qual o sentido disso? Você olha para traz e ver um mês dois de desenhos e poderá perguntar, pra que isso? E daí? E nesta linha várias podem surgir. Lembro me do professor Eric Landovsky, falando recentemente de semiótica greimasiana na UFES, não sou expert na área, mas uma parte da sua fala me tocou: trata- se dos conceitos de uso e de prática. Quando perguntamos para que? Estamos na questão uso, interessados no para que serve, que utilidade tem isso para mim, como vou usar isto, et c, etc. Quando perguntamos o que é, estamos interessados na prática, na constituição do objeto, na sua realidade e na sua fruição em si, isso é eminentemente estético, o seu fazer construir sua própria alegria e sentido. Assim, Se você perguntar para que fazer um "ano desenhado" se não há nenhuma prêmio para isso, poderá não ver razão pratica, mas se enfrentar essa pergunta clara e continuar em frente, poderá defrontar se com a segunda: o que é isso e ver e deixar a mão desenhar, os olhos verem, os ouvidos escutarem. Ai a difícil tarefa de desenhar todo dia alguns minutos, torna se fácil, um momento que se dedica a olhar as coisas e o próprio desenho.
 
Bem, deixo os desenhos que tenho feito, um grande abraço a todos!










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